Ana era uma jovem alemã cristã nascida em uma família rica e que crescera em meio à elite alemã, que se fortalecia economicamente durante a próspera política econômica do governo nazista. No salão de festas da sua casa, Ana acompanhava as conversas dos amigos de seu pai sobre o embate entre nazistas e judeus, sem saber o que era verdade e o que era mentira.  Para ela, o que realmente importava, era tocar perfeitamente, em seu piano de cauda, Chopin, música que embalava as grandes reuniões da elite alemã em seu rico palacete. Já no fim de sua adolescência, com a eclosão da Segunda Grande Guerra e a derrota nazista, Ana viu o seu mundo elitizado ruir e passou a sentir na pele as dores do preconceito contra os alemães na Europa, que parecia uivar por vingança, rotulando todos os alemães de nazistas genocidas. Da riqueza à pobreza. Do piano ao serviço forçado. Da indiferença para a fé no sobrenatural de Deus. Essa é a história de Ana.